Calma, é de pranchas que quero falar!
Pressionado e também impulsionado pelos colegas bloguistas, ora porque insistem em que escreva, até porque dizem que agora tenho mais tempo e nunca mais escrevi, o que é verdade apenas em parte, ou seja não escrevi... ora porque agora até quem antes não escrevia já o faz, e ainda bem, cá vai o meu primeiro post do ano.
Depois de mais uma vez, a segunda, a minha prancha se ter partido ao meio, equaciono agora seriamente trocar de prancha.
Esta decisão, muito complexa para quem não domina a coisa, começa desde logo precisamente pelo tamanho (pelo menos nesta matéria será o mais importante).
Ao contrário do que vejo fazer a toda a gente (quase toda, em abono da verdade), não penso em mandar fazer uma prancha mais pequena só porque evoluí ligeiramente (não acreditam? perguntem à malta lá da praia... mas perguntem só aos que gostam de mim...), a decisão é, pelo contrário, entre fazer uma de igual tamanho ou uma maior.
Numa das últimas surfadas, num excelente sábado à tarde em S. Torpes, sol, off shore e mar com menos de metro nos sets, peguei numa 10"2 da escola pela qual nutro especial "simpatia" e fiz-me a elas. O resultado foi que nesse dia, eu sózinho, devo ter apanhado quase tantas ondas como toda a malta que estava dentro de água nessa tarde, todos juntos (estariam mais de 10... calma!!!). Como mais do que manobrar ou fazer grandes acrobacias, o que eu gosto mesmo é de deslizar, podem imaginar a cara de tolo com que saí de dentro de água, tamanha era a felicidade.
De facto, esta prancha em concreto, como muitas outras de maior "porte", permite que entremos na onda muito mais cedo, o que não só ajuda a apanharmos nós em vez de outros com "armas" mais pequenas, como torna a boleia mais longa, e logo mais saborosa. Por outro lado, pelo menos depois de embalar, a remada nestas pranchas é bem mais facilitada, logo o cansaço muito menor.
Ora, se tenho mais ondas, mais longas e com menos cansaço, porque hei-de ir para uma prancha mais pequena?
Claro que existem desvantagens. Basta por exemplo estar ligeiramente maior, ou mais cavado, e com esta já não me safo, drops a embicar e cá vamos nós, é o prato do dia. Ou o facto de quando saio da água quase não conseguir carregar a prancha, peso e volume quanto bastem depois de remar umas horas... Ou óbviamente o facto de ser menos manobrável.
De qualquer forma acho que compensa, não é a primeira vez que surfo com pranchas ainda maiores do que a minha, quase sempre com bons resultados no que ao prazer retirado da surfada diz respeito, que para mim é o que mais interessa.
Estou pois sériamente a pensar em trocar de prancha, evoluir como diz a malta lá da escola. Só que a minha evolução vai mesmo ser para uma prancha maior!
Como também gosto de uns drops irados quando o mar está mais cavado (drop irado é a maneira simpática da malta me dizer que não acreditavam que eu ficasse em pé, mas de vez em quando lá sai um, entre uma prancha partida ou outra...), vou arranjar maneira de em breve ter duas pranchas, uma como a 9"1 que tenho agora, ou parecida, e outra como a 10"2 da escola.
Creio que com este quiver estarei realmente preparado para disfrutar o line up na especial companhia dos colegas escribas, além de que se algum deles não me deixar passar na onda, posso sempre gritar, olha o navio e albarroá-los!!! HUUUUUUUUUUUUU!!!!