segunda-feira, 31 de julho de 2006

Pranchas vs Evolução

Alta prancha que experimentei ontem de manhã, a nova "arma" do Brunito é mesma uma máquina.
Parecia que me tinha dado um click e de repente, um salto na evolução. Apanhei mais ondas do que se fosse com a minha em condições semelhantes, logo na 1ª vez que surfei com a prancha, sem habituação. Boa velocidade, muito manobrável e sem perder em flutuação, quando comparada com a minha.
De tal forma que não resisti a voltar a surfar com ela ao final do dia, e ainda bem que o fiz, altas ondas, em condições não tão boas como de manhã... mas com uma excelente aliada!
Incrível como a comparação nos pode, de repente, fazer ver as coisas de uma perspectiva bem diferente...
Mais uma lição, tal como é importante experimentar praias, mares e ondas novas, também é importante experimentar outras pranchas, outras linhas, outras "magias".
De resto, mais um dia para recordar, no album sálgado da nossa existência.
Uma matinal muito boa, com a praia só para mim e para o Bruno, como que um presente da natureza a dizer, tomem lá, o esforço compensa.
A meio do dia uma surfada com a malta quase toda, sempre divertido.
E, para fechar em grande, um final de tarde com a Rache (e a prancha do Bruno...), com umas ondinhas engraçadas, para cada um de nós poder dizer adeus ao sol e obrigado ao mar!
Quando cheguei a casa, cansado, quase exausto, mas completamente nas nuvens, revi mentalmente um dia em que entrei na água às 08.30h com o Bruno e por outro lado saí às 21.00h com a Raquel. De manhã fomos os primeiros a entrar e surfar aquele mar de verão, pequeno, quente e glass, antes de se levantar vento. À tarde (quase noite), com menos ondas, menos tamanho e com algum vento, não fomos mesmo os últimos porque ainda lá ficou pelo menos 1, mas por pouco tempo, porque já com o sol posto sobravam poucos minutos de claridade.
Foi um dia lindo! Ondas, sol, amigos, mar quente... chega a ser simples demais sorrir de felicidade ao final de cada dia!

terça-feira, 25 de julho de 2006

Obrigado Natureza!

Sábado:
11.00h, S. Torpes, flat.
11.30h, Aivados, vento e mar desordenado.
12.00h, Malhão, vento e mar desordenado.
12.30h, L-point, maré já muito cheia.
Após 100 km`s e vários picos checados, há que voltar para casa, resignados (eu e kabrita), até porque as previsões não eram de facto as melhores. Parte boa da coisa, sobrou muito tempo para estar o resto do dia com a família!
Apesar de tudo, ainda tentei ao fim do dia à porta de casa...
20.00h, Vacaria, muito vento e o mar num caos.
Resumo do dia, alguns km`s, muita Joana e descanso qb.

Domingo:
09.00h, Vacaria, 1m, a fechar ligeiramente, mas com altos drops e com 1h30 de pura adrenalina!
12.00h, S. Torpes, 0,5m, sets maiores, algum vento, esquerdas e direitas para o crowd curtir, eu mais para as esquerdas, boas, durante 2h, com muita gente, mas quase todos amigos, muito divertido! Sol, água quente, creme na cara e surfar de licra e calções, viva o verão!!!
17.00h, S. Torpes, mais direitas do que esquerdas e sobretudo o vento a fazer das suas, mais 1h com amigos, mas com menos ondas, ainda assim a valer a pena, ainda assim de calções!!!
Resumo do dia, muito surf, sol e um sorriso enorme na cara que vale por todo o fim de semana e que provavelmente vai durar mais alguns dias...

Obrigado Natureza por compensares em dobro num dia o que não nos deste no dia anterior!

quinta-feira, 20 de julho de 2006

(Re)encontro!


Quando fiz cinco anos o meu avô ofereceu-me a minha primeira bicicleta. Na altura nunca tinha andado, era um grande desafio. Comecei por ter duas rodinhas de apoio, uma rodinha apenas, a mão do meu pai a apoiar depois de ter tirado as rodinhas…uma evolução constante. Há uns anos atrás, após ausência total de andar de bicicleta voltei a fazê-lo sem problemas.
.....
Depois de algumas semanas sem surfar, devido a constrangimentos de trabalho e até de alguma falta de animo, depois de uma experiência menos boa no Malhão, voltei à praia, voltei a surfar…e saí da água muito feliz. Fiz duas direitas muito boas...Afinal o ditado aplicava-se…algumas coisas na vida são como andar de bicicleta (apesar de, para mim, não haver termo de comparação entre uma e outra).

O mar estava excelente. Condições perfeitas para uma novata como eu.
Ás vezes esqueço-me que tenho poucos meses de surf, e que tal como andar de bicicleta, levamos algum tempo para aprender, para evoluir, para fazer as manobras mais complicadas, nunca esquecendo o que já aprendemos antes. É preciso é ter vontade e aproveitar o que a vida nos dá…Uma imensidão de mar, a sorrir para nós todos os dias, pronto para ser invadido pela nossa vontade de o abraçar!

Ontem saí muito feliz (tendo em conta os dois únicos estados de espírito que nos invadem depois de surfar)! É reconfortante, olhar para o lado e ver o molho ao pé de nós, depois de ter feito duas ou três ondas muito boas!

S. Torpes tem de facto aquele brilho!!

segunda-feira, 17 de julho de 2006

Altas!!!

E a certeza de que é estupidamente simples ser feliz!!!

terça-feira, 11 de julho de 2006

Vacaria power

em complemento ao post de 03/07/06

segunda-feira, 10 de julho de 2006

S. Torpes classic














Pura magia...

Destino

Eu acredito que cada um de nós pode, na maioria das vezes, traçar o seu próprio destino. Acredito que desde que nos esforcemos muito e da forma correcta, as coisas acabam por acontecer a nosso favor. Nem sempre é assim, óbviamente, provavelmente porque por vezes não nos esforçámos o suficiente, ou porque não nos esforçámos da melhor forma. Ou então, pura e simplesmente, porque de facto, em algumas situações, o esforço só por si não é suficiente, e nesses casos, por muito que nos esforcemos e desejemos, não depende de facto só de nós.
A semana passada, por exemplo, foi vivida por mim desde 2ª feira com a preocupação constante sobre a forma que havia de arranjar para surfar no fim de semana, entre afazeres e compromissos vários. Após alguma habilidade a arquitectar a melhor forma de conjugar tudo, foi necessário também um grande esforço para me conseguir levantar ontem pelas 06.30h, um domingo... sobretudo depois de nas últimas 3 noites ter dormido muito pouco, com despedida de solteiro e casamento pelo meio. A verdade no entanto é que, apesar das dificuldades, consegui fazer o que queria, meti-me no carro com o Bruno, ainda ensonados saímos de Lisboa directo ao Alentejo, apanhámos as pranchas em S. André, fomos checar a Vacaria e S. Torpes, e acabámos por entrar primeiro no Malhão e depois nos Aivados, dadas as más condições dos points anteriores. Pelas 4 da tarde já estava de volta a Lisboa e a casa, quase a adormecer com o cansaço, mas bastante satisfeito com a surfada, e a postos para cumprir com as obrigações familiares...
São estas situações, em que fazemos quase 400 km`s, mal dormimos, ficamos todos estoirados, mas atingimos o nosso objectivo, que me levam a pensar que podemos, na maioria dos casos, definir o nosso próprio caminho.
Hoje lembrei-me de escrever sobre este tema porque ultimamente desejo muito uma coisa, que é de difícil concretização, mas para a qual creio que me esforcei muito. No entanto, neste caso em concreto, o "destino" não depende de facto só de mim, e de momento resta-me esperar para saber a decisão, pois a mesma já está tomada, só que ainda não é conhecida...
Esta espera, esta indecisão, e sobretudo o facto de não poder fazer nada neste momento, de não me poder esforçar, deixam-me frustrado e ansioso pela notícia, um pouco como quando olhamos para as previsões a meio da semana e pensamos, "talvez dê, vamos esperar para ver", e temos que aguardar por sábado de manhã para olhar para o mar e confirmar, a alegria de ver linhas a formarem-se no horizonte, ou a desilusão do mar liso e calmo.
Escrevo pois para ajudar à espera por "sábado de manhã", desejando que o mesmo me traga "linhas no horizonte", as quais, de consciência tranquila pelo esforço realizado, acredito que sejam bem merecidas!

segunda-feira, 3 de julho de 2006

Sun Tzu Catarinus

Seja bem vindo!
Espero divertir-me tanto a ler os teus textos como me divirto a surfar na tua companhia!
Altas ondas ontem! A ver se para a próxima a Raquelita também entra e o Artur saca umas fotos à malta.
Este blog precisa de mais imagens! Temos de por o Artur a trabalhar... e não só!!!

Descobertas

Este fim de semana voltei ao Alentejo, ao mar, às ondas e a amigos... a mim. Depois de quinze longos dias de ausência do mar, no sábado de manhã as ondas do Malhão refrescaram-me a alma, e também o corpo, depois da longa caminhada pela duna com o longboard e o fato às costas, na companhia do João. Estava pequeno, mas divertido, e eu, como quase sempre depois de períodos mais ou menos longos de afastamento, estava mesmo com muita vontade, o que faz com que me pareça muitas vezes melhor do que na realidade está. Ao João também pareceu e apanhámos umas. Após quase duas horas estava cansado e satisfeito, pelo que regressei a casa, a tempo de ver o jogo da selecção, adeus bifes, acompanhado de salada de polvo, pica pau e imperiais. Pelo caminho, ou seja no Malhão, ficaram 2 floaters, acho que os primeiros a sério que fiz na vida, e várias direitas engraçadas, foi bom, muito bom!
No domingo, cansado pela surfada da véspera e também por não ter dormido muito, acordo e sou novamente confrontado com a total ausência de ondas em S. Torpes, já esperada, mas nem por isso simpática. A vontade de fazer 100 km`s, ida e volta, até ao Malhão não era muita, além de que havia a duna, mas enfim, se queria surfar, e queria de facto, teria mesmo de ser...
Antes de nos fazermos à estrada, eu, o João, e agora também o Bruno, sugeri irmos espreitar a Vacaria, a praia mais perto de casa e onde eu nunca antes tinha pensado surfar... porque raramente dá ondas e quando dá, bem.... pode-se partir pranchas... sobretudo longboards de malta afoita mas pouco experiente...
Só que me lembrei da conversa na noite anterior sobre altas ondas apanhadas em tempos na Lagoa e na Vacaria por uns amigos comuns, que falaram das probabilidades de dar umas de maré vazia no domingo... como estava pequeno mais a sul, podia ser que...
Ao João e ao Bruno também não lhes apeteciam muito os km`s e a duna, pelo que lá fomos espreitar, a menos de 5m de casa, uma praia improvável de surfar... até ontem!!!
Quando chegámos a maré ainda estava a descer, e a nossa primeira impressão foi a de que não ia haver nada. Só que, estando ali, ainda por cima tão perto de casa, se calhar valia a pena esperar uma ou duas horas que a maré baixasse toda e trouxesse as tão desejadas ondas... é que ondulação havia, mas de facto rebentava muito em cima da areia e tudo a fechar... e assim foi, ficámos, de malas e bagagens, que é como quem diz, fatos, pranchas, crianças, baldes, pás, chapéus...
A espera não foi longa, a qualidade do tempo passado com a Joana e a Inês assim fizeram parecer, os sorrisos naquelas caras, e o cansaço tranquilo à ida para casa, denunciavam nas duas felicidade, sono e fome... Após umas corridas a fugir das ondas e uns quantos castelos na areia, lá foram as duas para casa com a Mrs. Catarino, que muito provavelmente terá pressentido a nossa ansiedade crescente "algumas daquelas já davam"... tacto e sensibilidade no feminino...
E assim foi, sem muitas certezas, mas com fé e vontade de ver se ia dar, que entrámos os 3. De início só queríamos fazer uma, dizíamos uns aos outros "se fizer uma já fico contente..." O João apanhou a primeira, uma direita, pequenina, mas que deu para perdermos o resto dos receios e começar a apanhá-las como se fosse em... S. Torpes! Mas não era, nem de longe nem de perto... mais curta, mais rápida, mais forte e mais vertical, apesar de estar pouco mais de meio metro com alguns sets maiores, esta é uma onda cascuda, mais poderosa. Mas muito boa também!!!
Passados uns minutos já os três estavámos com um grande sorriso na cara, surpresos pela nossa própria prestação e entusiasmados com o potencial do local em dias melhores, sim, porque apesar de dar umas, se a maré descer mais, com a ondulação a entrar menos a direito...
Só saí em definitivo da água quando já não podia mais, cansado, mas bastante entusiasmado com a força da onda e com o drop muito rápido.
Ainda agora tenho o sorriso estúpido na cara, que ontem todos sabiam do que era, mas que hoje quase ninguém percebe...
É o sorriso da felicidade, da simplicidade das coisas boas da vida, da superação, do respeito pela natureza e é também o sorriso da descoberta!
A partir de agora, muitas mais vezes espreitarei o mar ao pé de casa, antes de partir para outros locais que tanto gosto também de visitar!