segunda-feira, 10 de julho de 2006

Destino

Eu acredito que cada um de nós pode, na maioria das vezes, traçar o seu próprio destino. Acredito que desde que nos esforcemos muito e da forma correcta, as coisas acabam por acontecer a nosso favor. Nem sempre é assim, óbviamente, provavelmente porque por vezes não nos esforçámos o suficiente, ou porque não nos esforçámos da melhor forma. Ou então, pura e simplesmente, porque de facto, em algumas situações, o esforço só por si não é suficiente, e nesses casos, por muito que nos esforcemos e desejemos, não depende de facto só de nós.
A semana passada, por exemplo, foi vivida por mim desde 2ª feira com a preocupação constante sobre a forma que havia de arranjar para surfar no fim de semana, entre afazeres e compromissos vários. Após alguma habilidade a arquitectar a melhor forma de conjugar tudo, foi necessário também um grande esforço para me conseguir levantar ontem pelas 06.30h, um domingo... sobretudo depois de nas últimas 3 noites ter dormido muito pouco, com despedida de solteiro e casamento pelo meio. A verdade no entanto é que, apesar das dificuldades, consegui fazer o que queria, meti-me no carro com o Bruno, ainda ensonados saímos de Lisboa directo ao Alentejo, apanhámos as pranchas em S. André, fomos checar a Vacaria e S. Torpes, e acabámos por entrar primeiro no Malhão e depois nos Aivados, dadas as más condições dos points anteriores. Pelas 4 da tarde já estava de volta a Lisboa e a casa, quase a adormecer com o cansaço, mas bastante satisfeito com a surfada, e a postos para cumprir com as obrigações familiares...
São estas situações, em que fazemos quase 400 km`s, mal dormimos, ficamos todos estoirados, mas atingimos o nosso objectivo, que me levam a pensar que podemos, na maioria dos casos, definir o nosso próprio caminho.
Hoje lembrei-me de escrever sobre este tema porque ultimamente desejo muito uma coisa, que é de difícil concretização, mas para a qual creio que me esforcei muito. No entanto, neste caso em concreto, o "destino" não depende de facto só de mim, e de momento resta-me esperar para saber a decisão, pois a mesma já está tomada, só que ainda não é conhecida...
Esta espera, esta indecisão, e sobretudo o facto de não poder fazer nada neste momento, de não me poder esforçar, deixam-me frustrado e ansioso pela notícia, um pouco como quando olhamos para as previsões a meio da semana e pensamos, "talvez dê, vamos esperar para ver", e temos que aguardar por sábado de manhã para olhar para o mar e confirmar, a alegria de ver linhas a formarem-se no horizonte, ou a desilusão do mar liso e calmo.
Escrevo pois para ajudar à espera por "sábado de manhã", desejando que o mesmo me traga "linhas no horizonte", as quais, de consciência tranquila pelo esforço realizado, acredito que sejam bem merecidas!

2 comentários:

SurfistaPrateada disse...

A vida é, de facto, o que nós fazemos dela!!! É preciso é acreditar que vale a pena...

Titi disse...

Provavelmente nós é que fazemos com que valha a pena, ou não...